Estava eu ouvindo musica em uma madrugada de insônia, os olhos fitando as sombras que se formavam no této de meu quarto, a cabeça ainda girando do ultimo copo de cerveja...
A cama esta tão confortável, que a cada TIC-TAC do relógio de parede, parece que serei sugado por ela...
Já se passaram três cigarros que não tiro o olho de uma lagartixa perambulando pela parece, ela se rastejando, solitária.
Não adianta, por mais que eu queira, parece que sempre me rastejo nesta sub-vida que vivo, vivo à margem de toda candura, à margem de mim mesmo.
Às vezes é bom refletir sobre a vida, sobre os anseios, as duvidas, medos, saudades... Ah saudades! Tenho saudade de tanta coisa, saudade do meu passado, minha família, tenho saudade até de quem não conheço, nunca vi, e provavelmente nunca verei! Como isso é possível? Sentir falta do que não se conhece, do cheiro que nunca foi sentido, do toque que nunca fui tocado.
Tenho vontade de me rebelar, jogar tudo pro ar, sair correndo desta vida, não voltar mais, daí lembro que nada disso adianta, pois, tudo é fruto da sua mente, porque a mente mente a dor da gente, e a gente sente uma dor indulgente.
Será que isso tudo é real? Ou seria apenas pensamentos de mais uma cabeça ao travesseiro, que precisa desacelerar sua mente com devaneios? Quem se importa! O importante é sentir-se vivo, não importa como, nem quando. O bom de viver é saber que estamos vivos...
“As pessoas se preocupam tanto em viver que se esquecem de perceber que estão vivas!”
Neil Gaiman
Obrigado!!